Cirurgias mamárias

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Dependendo do objetivo, existem vários tipos de cirurgia plástica que podem ser feitos nos seios, sendo possível aumentá-los, diminuí-los, levantá-los e até mesmo reconstruí-los, nos casos de remoção da mama devido ao câncer, por exemplo.

Veja os tipos de cirurgia abaixo.

Mamoplastia redutora

Seios excessivamente grandes são um problema para várias mulheres. O peso do tecido mamário em excesso gera não somente uma limitação funcional, mas também baixa autoestima e problemas psicológicos.

A redução de mama remove o excesso de gordura, do tecido glandular e da pele, para que ela atinja um tamanho proporcional ao corpo da paciente.

O ideal é que a cirurgia seja realizada quando o desenvolvimento da mama estiver completo, o que acontece com o fim da puberdade. Do contrário, pode ser necessário que a paciente tenha que se submeter a uma segunda cirurgia devido à modificação da mama com o seu desenvolvimento.

Perguntas frequentes

  • A cirurgia de redução de mama geralmente é realizada através de incisões nos seios com a remoção cirúrgica do excesso de gordura, do tecido glandular e da pele. 

  • A técnica usada para reduzir o tamanho de seus seios será determinada pelas particularidades anatômicas, composição da mama e quantidade da redução. 

  • Em alguns casos, podem ser realizados refinamento com lipoaspiração das regiões laterais ou axilares, por exemplo. 

  • A extensão e o formato da cicatriz variam de acordo com cada caso.

  • O tempo médio de duração da cirurgia é de três a quatro horas, podendo ser alterado de acordo com a complexidade do caso.

  • A paciente vai para o quarto logo após a cirurgia e permanece hospitalizada, tendo alta normalmente no dia seguinte.

  • A volta ao trabalho geralmente é liberada depois do 7º dia de pós-operatório, desde que sem esforço excessivo para os braços 

  • Deve-se evitar esforço físico nos primeiros 30 dias e não movimentar os braços em excesso. Não levantar os cotovelos acima dos ombros durante 1 mês.

  • Caminhadas esportivas e esportes que não envolvam a área operada podem ser realizados após 45 dias. Ginástica e esportes que envolvam a área operada (musculação para braços, ombros, peitorais e dorso, natação, aeróbica etc.) são liberados após 4 meses, adotando a técnica de exercícios progressivos.

  • O resultado pode ser melhor avaliado a partir de 6 meses. Porém, a cicatrização final acontece entre 12 a 18 meses.

  • A mamoplastia redutora é contraindicada para pacientes que apresentem doenças prévias em fase aguda, mulheres em fase de amamentação ou em uso de medicamentos anticoagulantes.

  • Fumantes e mulheres com obesidade têm maior risco de necrose. A paciente é orientada a perder peso e cessar o tabagismo para realizar o procedimento com maior segurança.

  • A dor no pós-operatório é discreta e minimizada com analgésicos leves. Costuma ser mais frequente no período pré-menstrual. Pode ocorrer dores no braço, devido à anestesia e a postura durante a cirurgia.

  • O período médio de utilização do sutiã cirúrgico é de dois meses durante 24h, podendo no 3º mês ser utilizado somente ao longo do dia ou da noite.

  • A meia antitrombo normalmente é utilizada durante 7 a 10 dias.

  • A alimentação deve ser feita de forma normal, salvo em casos especiais, os quais receberão orientação específica.

  • Devido ao fato de estar se sentindo muito bem, a paciente pode esquecer-se de que foi operada recentemente, permitindo-se esforços prematuros que poderão lhe trazer prejuízos.

Prótese de mama

Esta é uma das cirurgias plásticas mais procuradas pelas pacientes que estão descontentes com o volume de suas mamas, sendo também indicada para melhorar o aspecto estético das mesmas. 

A cirurgia de aumento mamário não só proporciona mamas maiores, mas também eleva a altura das aréolas e dos mamilos, quando estes estiverem levemente caídos. Já as mamas com quedas moderadas e grandes não são elevadas com o uso de implantes. Neste caso, é necessário a retirada de pele concomitante. Os mamilos são normalmente divergentes, ou seja, levemente voltados para fora em quase todas as mamas. Esta posição não será alterada com a cirurgia.

Perguntas frequentes

Não só as mamas têm seu volume aumentado, como podem ser melhoradas a sua consistência e forma. O novo volume pode ser escolhido, já que se tem à disposição vários tamanhos de prótese de silicone. Porém, é importante lembrar que esta escolha deve obedecer à norma de harmonia em relação não só ao tórax da paciente, mas ao seu físico como um todo. 

 

As “novas mamas” vão passar por períodos evolutivos:

 

  • Até o 30º dia – sua forma e volume ainda estão aquém do resultado planejado, já que nenhuma mama será “perfeita” no pós-operatório imediato. 

  • Do 30º dia ao 3º mês – continua a evolução para a forma definitiva. Pode ainda ocorrer um maior ou menor grau de edema (inchaço). 

  • Do 3º ao 12º mês – é quando a mama vai atingir seu aspecto definitivo, no que diz respeito à cicatriz, forma, consistência, volume e sensibilidade. No resultado final tem grande importância o grau de elasticidade da pele das mamas e o volume da prótese introduzida, já que o equilíbrio entre ambos é variável de caso para caso. 

A média é de 1h30 a 2 horas, dependendo do caso, com período médio de internação de 24 horas para anestesia geral e 12 horas quando utilizada peridural alta ou anestesia local com sedação assistida.

Podem ocorrer  náuseas nas primeiras horas após a anestesia. O edema (inchaço) aparecerá no início, mas não impedirá as atividades básicas. Ele pode persistir por uma semana ou mais.

Em uma evolução normal, a paciente não deve apresentar dor significativa e para isso é importante que ela obedeça às instruções médicas, em especial no que diz respeito à movimentação dos braços e ao esforço físico nos primeiros dias. Eventualmente, ocorrendo uma manifestação dolorosa, esta facilmente deverá ceder com os analgésicos prescritos. 

Até ser atingido o resultado ideal, diversas fases ocorrerão e são características do período evolutivo pós-cirúrgico.

O local das cicatrizes pode variar de acordo com a escolha do cirurgião, podendo ficar situadas no sulco formado entre a mama e o tórax, na área da auréola ou, ainda, na axila. A cicatrização transcorrerá por três períodos distintos:

  • Até o 30º dia, o corte apresenta bom aspecto, podendo ocorrer discreta reação aos pontos ou aos curativos. 

  • Do 30º dia ao 12º mês haverá um espessamento natural da cicatriz e uma mudança na sua coloração, passando do vermelho para o marrom, para, em seguida, começar a clarear. Por ser o período menos favorável da evolução cicatricial, é também o que mais preocupa as pacientes. Todavia, ele é temporário, bem como varia de pessoa a pessoa. 

  • Do 12º ao 18º mês, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos espessa até atingir seu aspecto definitivo. 

Qualquer avaliação do resultado definitivo de uma cirurgia, no que diz respeito à cicatriz, deverá ser feita após um período de 18 meses.

  • Caminhar: normal, sendo aconselhável o uso de meia elástica (compressão suave) durante 7-10 dias após a cirurgia.

  • Caminhada esportiva: após 30 dias. Ginástica, geralmente, após 90-120 dias, adotando a técnica de exercícios progressivos.

  • Trabalho: geralmente é liberado após o 5º dia de pós, desde que sem esforço excessivo para os braços.

  • Movimento dos braços: não levantar os cotovelos acima dos ombros por 2-4 semanas.

  • Peso: não carregar pesos acima de 5 kg, por 14 dias.

  • Sol: desde que não incida sobre as cicatrizes, decote ou ainda áreas eventualmente roxas, é liberado após 30 dias. Usar protetor solar.

 

Após 6 meses, a paciente é submetida a nova consulta e a fotos pós-operatórias para controle da qualidade dos resultados. Na ocasião, se necessário, poderão ser sugeridos pequenos retoques para acomodar a pele ou melhorar as cicatrizes. 

  • Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer, por um período de 10 dias antes do ato cirúrgico (incluindo também os diuréticos).

  • Evitar bebidas alcoólicas ou refeições fartas na véspera da cirurgia.

Devido ao fato de estar sentindo-se muito bem, a paciente, às vezes, pode esquecer-se de que foi operada recentemente, permitindo-se esforços prematuros que poderão lhe trazer prejuízos. Evite fazê-los.

 

  • Não movimentar os braços em excesso. Obedecer às instruções que serão dadas por ocasião da alta hospitalar relativas à movimentação dos membros superiores ou massagens.

  • Voltar ao consultório para a troca de curativos e controle pós-operatório nos dias e horários marcados.

  • Alimentação normal (salvo em casos especiais, os quais receberão orientação específica).

  • As fitas de micropore protegem as cicatrizes, sendo normal algum sangramento ou a presença de coágulos sob elas. A paciente usará um sutiã modelador.

  • É recomendado não deitar de bruço durante 2-3 meses, e, quando no leito, movimentar várias vezes os pés e as pernas.

Os implantes de silicone, após sua colocação, são naturalmente envolvidos por uma cápsula, o que é uma reação normal do organismo. Em algumas das pacientes esta cápsula se torna vigorosa o suficiente para endurecer a mama e até modificar o formato do cone mamário, conferindo-lhe um formato antiestético, endurecido e, às vezes, doloroso.

Quando ocorre a contratura, é necessária uma nova cirurgia para troca de prótese e, em alguns casos, será preciso retirar os implantes, o que deixaria as mamas flácidas, requerendo uma nova modelagem, sem a possibilidade do aumento mamário. 

Outros riscos são: infecção e exposição para fora da pele (extrusão da prótese); movimentação das próteses, favorecendo uma forma insatisfatória das mamas; ruptura da prótese durante ou após a cirurgia, com extravasamento de silicone, requerendo sua substituição; assimetria de forma e/ou tamanho (diferença entre uma mama e outra), seja ela uma nova assimetria ou acentuação de uma assimetria preexistente; assimetria na forma e/ou posição e/ou tamanho dos mamilos e aréolas (diferença entre o de um lado e do outro); perda da sensibilidade do mamilo, da aréola e/ou de outros locais da mama de maneira transitória ou definitiva; formato e/ou tamanho insatisfatório das mamas em relação à expectativa da paciente; acúmulo de sangue ou líquido (hematoma, seroma) no local da prótese, requerendo drenagens locais ou, até mesmo,

troca da prótese; manchas na pele local ou à distância (rush cutâneo) e, por fim, estrias permanentes na mama. 

Deve-se lembrar também da possibilidade de complicações a longo prazo, como a síndrome ASIA principalmente nas pacientes com predisposição a doenças auto-imunes e o linfoma anaplásico de grandes células.

Não há até o presente momento um parecer definitivo sobre o tempo de validade dos implantes, mas a paciente com próteses deve fazer exames periódicos de controle por Ressonância Magnética e, na eventualidade de qualquer alteração ou anormalidade nas mamas operadas, em qualquer época após a cirurgia, deve procurar imediatamente o seu médico.

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